O índice FipeZap calculado pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontou alta média de 2,3% no preço dos imóveis no mês de junho, crescimento 0,3 ponto percentual menor do que o registrado no mês de maio (2,6%). No primeiro semestre de 2011, o aumento acumulado médio das sete regiões pesquisadas foi de 14,6%.
De acordo com o coordenador do índice, o economista Eduardo Zylberstajn, os preços devem continuar a subir como reflexo da facilidade de crédito e da alta demanda por imóveis. "Os fatores que causaram o aumento continuarão existindo no curto prazo. Esperamos que os preços subam ainda mais, só que de forma menos acelerada", disse Eduardo.
Entre as cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife, Salvador e Fortaleza, além do Distrito Federal, o preço mais alto foi registrado na região da capital brasileira, com média de R$ 7.689 por metro quadrado. Rio de Janeiro (R$ 6.572) e São Paulo (R$ 5.449) vêm logo em seguida. Em último, fica a cidade de Salvador, com preço médio de R$ 3.406 por metro quadrado. No país, o preço médio por metro quadrado é de R$ 5.603.
Os imóveis de São Paulo e Rio de Janeiro sofreram aumento nos preços anunciados de 2,6% e 3,0%, respectivamente. Belo Horizonte (1,5%), Recife (3,1%) e o Distrito Federal (1,3%) registraram taxas menores do que no mês de maio. Já Salvador teve queda de 0,6% no preço médio do metro quadrado anunciado.
De acordo com o economista, o aumento dos preços ainda não é motivo de preocupação com relação à inadimplência. "De fato, o custo para se endividar no Brasil é muito alto, mas ainda há espaço para o crédito de modo que a situação da inadimplência fique longe de estar crítica", disse o coordenador do índice.
No entanto, com a alta progressiva dos preços, a tendência é de que o tamanho dos imóveis continue diminuindo para o valor caber no bolso dos consumidores. "Como a média de pessoas por família diminuiu, as construtoras deverão fazer apartamentos menores, como já vem acontecendo em São Paulo e no Rio de Janeiro", diz Zylberstajn.
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