Em 2008, uma crise que começou no mercado imobiliário norte-americano levantou algumas dúvidas sobre se o crescimento deste setor aqui no Brasil não estaria comprometido. Pois 2010 foi o ano da resposta para construtoras, imobiliárias, inquilinos, mutuários e, principalmente, para os investidores.
Seja para a compra e venda, seja para a locação, a verdade é que o investidor do mercado imobiliário teve motivos para sorrir neste ano. “2010 foi um dos melhores anos dos últimos tempos”, diz o vice-presidente do Secovi-RJ (Sindicato da Habitação), Leonardo Schneider. “2010 foi um ano produtivo”, reforça o presidente do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis), Luiz Augusto Viana Neto.
Razões para esse bom momento não faltaram: crescimento econômico, aumento real da renda da população, classes mais baixas com acesso à moradia, avanço do crédito imobiliário, desenvolvimento do programa Minha Casa, Minha Vida e confirmação de eventos esportivos no Brasil – Copa do Mundo em 2014 e Olimpíada em 2016.
Compra e Venda
As consequências de tudo isso foram sentidas no bolso dos investidores, que tiveram muito o que comemorar. Aqueles que apostaram na venda e compra de unidades para sair no lucro conseguiram atingir seus objetivos.
“No caso da compra, a gente enxerga valorizações de quase 100% em algumas regiões, falando de Rio de Janeiro. A Zona Norte, por exemplo, foi muito influenciada por UPPs – programa de pacificação nas comunidades. Regiões que estavam degradadas passaram a ter valor de mercado de novo”, afirmou Schneider.
A valorização dos imóveis está muito clara no Rio, de acordo com ele, também por causa dos investimentos que estão acontecendo na cidade por conta da Olimpíada. Porém, esta é uma realidade do Brasil.
No caso de São Paulo, segundo Viana Neto, não existe um banco de dados para se dizer de quanto foi o ganho de quem investiu na compra de imóveis em 2010. “Mas uma média de renda para quem investiu na compra e venda jamais foi inferior a 30% do valor investido”, ressalta o presidente do Creci-SP.
Para quem vai se aventurar neste mercado, ele dá uma dica: “Não é um mercado para amadores, é para profissionais. Só deve investir em compra e venda pessoas que são bem inteiradas com o que acontece no mercado. No caso de locação não, qualquer um pode fazer, não há segredo nenhum. Na compra e venda, todos que fizeram neste ano se deram bem”.
E o aluguel?
A figura da pessoa que se aposenta e que vive do aluguel de imóveis ainda é marcante no Brasil. De acordo com Schneider, essa característica é tipicamente latina e não poderia ser diferente entre os brasileiros, que em 2010 viram mais motivos ainda para aderir à modalidade.
“O mercado de locação está muito aquecido. Hoje, existe dificuldade para as pessoas de encontrar um imóvel para alugar. As pessoas estão querendo mais qualidade de vida, ficar mais perto do trabalho, ter certa independência”, justifica.
O cenário positivo deve continuar no próximo ano, “porque há recursos disponíveis para financiamento imobiliário, para 2011, portanto é um mercado que continuará crescendo”, nas palavras de Viana Neto. Schneider, por sua vez, acredita que a tendência de valorização do mercado continua, mas ele não tem certeza se nos mesmos percentuais alcançados neste ano.
Fonte: Infomoney, forumimobiliario.
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