Expansão do mercado imobiliário e refinamento de consumo cria demanda para profissionais que melhoram a decoração de imóveis usados, colocados à venda em São Paulo – Mania nos Estados Unidos, os serviços de home staging chegam, enfim, ao Brasil e prometem aquecer (ainda mais) as carreiras de arquitetos e decoradores.
Literalmente, o termo “home staging” significa encenação da casa. Na prática, o home stager (como o profissional da área é chamado) tem diante de si a função de transformar a decoração de imóveis usados que estão à venda para torná-la mais atraente para possíveis compradores.
Geralmente, os vendedores de imóveis usados, que também são moradores, só deixam o local após a venda. Conclusão: O apartamento ou casa está entulhado de objetos pessoais e móveis de toda uma vida. “Quem vê um imóvel daquele jeito pode criar antipatia pelo ambiente e não compra”, diz Luis Fernando Gambi, diretor de comercialização e marketing do Secovi-SP.
É para impedir esse desfecho infeliz que o home stager entra em cena. Nos Estados Unidos, estima-se que o remodelamento da decoração de um imóvel usado reduza em 78% seu tempo de venda.Não confunda essa atividade com os tradicionais projetos de decoração. “No designer de interiores, você faz o projeto de acordo com a personalidade do seu cliente”, explica a home stager Susana Damy-Lacy. “O home staging, ao contrário, tem o objetivo de ‘despersonalizar’ o ambiente para que o comprador se identifique com o local”.
Por isso, no projeto final de home staging saem de cena porta-retratos, acessórios mais pessoais e móveis em excesso. “Precisamos deixar a casa com uma circulação boa para que o comprador tenha uma noção real do espaço”, diz a fundadora da consultoria Staging Desing.
Em alguns casos, o home stager projeta até algumas mudanças arquitetônicas – como pintura de paredes para cores mais neutras as paredes do imóvel podem até ser pintadas com cores neutras.No Brasil, a carreira está agora dando seus primeiros passos. Mas a tendência é que esse tipo de serviço ganhe mais espaço nos próximos anos no mercado nacional. E, nas segundo Gambi, a expansão do mercado imobiliário não é a única justificativa para isso.
“Os consumidores brasileiros estão ficando mais exigentes na hora de comprar um imóvel . Esse refinamento está demandando corretores mais bem preparados e uma série de oportunidades de atividades correlatas”, explica.No mercado imobiliário americano, berço da carreira, o cenário é outro. Lá, segundo cálculos de Susana, de cada dez imóveis vendidos, cerca de oito foram remodelados pelos serviços de home staging.
A procura é tanta que, em 2009, apesar da crise que devastou os mercados centrais, a carreira de Home Stager foi considerada a mais promissora entre as novas profissões dos Estados Unidos, segundo levantamento do site Career Building.
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